quarta-feira, 29 de julho de 2009

O medo

E andava sozinha por entre as ruínas, as teias, daquilo a que outrora chamei "sonho" e hoje recordo o como pesadelo.
Ando perdida, sem saber que rumo tomar. O meu corpo estremece a cada passagem do vento. Estou envolta em medo, abafo um grito que desejo mostrar; aguardo o momento em que tudo isto se perderá para sempre.
Acordo e vejo que tudo está igual, tudo permanece em silêncio, rodeado de uma nuvem de angústia a que muitos chamam de "vida". Rasgos de sol iluminam o que ainda resta de mim. O passado, o presente e o futuro fundem-se num só. Porque tudo foi igual, continua e será sempre assim. Não há nada que mude o destino.
A melancolia de estar sozinha.
Silêncio.
A chuva a cair que molha tudo o que sonhei.
Até as folhas se separam daquilo que as protege; até a alma mais puro cai em tentação; até o mais forte dos Homens encontra um dia a sua fraqueza.