sábado, 4 de outubro de 2014

Amor desfeito

Foram muitas coisas que aconteceram.
Foi a dor da tua ausência, e saber que poderias nunca mais regressar.
Foi eu ter abdicado de tanta coisa para te ter. Ter abdicado de tanto por tão pouco.
Gostava de voltar atrás. De te agarrar. De não te largar. Porque, desta vez, juro, não te largava. Não te deixava ir.
No meio de tudo isto, apenas uma pergunta. Porquê?
Faltam 20 dias, e não sei se te direi algo. Apetece-me correr atrás de ti. Agora. Não adiar mais. Mas sei que não me vais querer. Que vais ignorar-me como tantas vezes fizeste.
Foram tantas as palavras que ficaram por dizer. Mas aprendi algo. Aprendi a não confiar. Aprendi a não chorar. Nunca mais. És o culpado por não amar de novo.
Seria estranho se te visse agora. Mas é previsível. Estás tão perto de mim. E no entanto, tão longe.
És o motivo do meu vazio por dentro.
De não querer viver.
Porque vivia por ti. Para ti. E agora que não te tenho, vale a pena?



O tempo pára.
Voltam as memórias.
E com elas a dor.
Quero-te.
Não posso. Não estás mais em mim.
Voltam as memórias.
Os bons momentos. O teu sorriso. A minha mão na tua.
E volta a dor. A dor da tua ausência.
Passaram dois anos, e a dor permanece.
Amor desfeito.
Lágrima que deito.
Sem olhar para trás.